quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

PARA SEMPRE LILYA


Nunca estamos satisfeito com nada, por isso sempre reclamamos da vida. E o chato é que pra percebermos isso muitas vezes precisamos levar uma pancada. E, quando isso acontece, ai sim a ficha cai. 

Quando digo pancada, não é bem de forma literal. Você não precisa cair da escada ou alguém te dar um soco pra sua ficha cair. Basta ver um filme. O cinema está ai pra isso. 

Um ótimo exemplo de “SOCO NO ESTOMAGO” no cinema é PARA SEMPRE LILYA, um filme sueco de 2002 que apresenta uma trama triste e realística. 

Lilya é uma garota de 16 anos. Seu único amigo é o garoto Volodja. Eles moram numa vila pobre na Estônia, fantasiando sobre uma vida melhor. Certo dia, Lilya se apaixona por Andrej, Ele está indo para a Suécia e convida Lilya para ir com ele e iniciar uma vida nova. Ingênua, ela aceita, sem nem ao menos saber o que a espera. 

Dirigido pelo Lukas Moodysson (Fucking Amal e Corações em Conflitos) e baseado na vida da jovem Danguole Rasalaite, que deixou cartas contando sobre sua triste trajetória até a Suécia, Lilya 4-Ever consegue o que poucos filmes conseguem: deixar-te angustiado, assustado e com muita raiva. 

Além da direção, um grande destaque do longa é a jovem atriz Oksana Akinshina, que, olha só, lembra muito a querida e talentosa Carey Mulligan. A jovem realmente chama atenção. Não só pela sua beleza, mas seu talento. (Aliás, cadê essa menina? Pesquisar).

Enfim, é um sentimento estranho que surge em seu peito quando você assiste a um filme como este e para pra pensar que toda aquela vida de sofrimento realmente existiu, e que provavelmente alguém, em algum lugar, passa pelo mesmo. 

Eis ai uma lição de vida. Algo que precisa ser apreciado, por mais triste e brutal que seja.

sábado, 5 de janeiro de 2013

ERA UMA VEZ UMA FAMÍLIA


Era uma vez um cara chamado Shane Meadows; um diretor britânico pouco conhecido que conquistou a admiração de alguns cinéfilos brasileiros com seu filme “This Is England” que mostra a Inglaterra e um grupo  de skinheads. 

O cara era (ou é ainda) tão desconhecido que se eu único trabalho lançado em DVD no Brasil é “Oce Upon A Time In The Midlands (Era Uma Vez Uma Família)”, uma excelente “dramédia” familiar que precisa ser descoberta por muito de vocês.

Era uma vez uma Família é uma comédia diferente que retrata a vida simples da classe trabalhadora com um humor bem peculiar. Estrelado por Robert Carlyle (Ou Tudo ou Nada, Trainspotting, Sem Limites) e Rhys Ifans (Um Lugar Chamado Notting Hill, A Natureza Quase Humana), este aclamado filme britânico é uma excelente mescla do cinema europeu com o americano. Após sua ex-namorada (Shirley Henderson) recusar a proposta de casamento do decente, mas sem graça, atual namorado (Rhys Ifans), o trambiqueiro (Robert Carlyle) volta à sua cidade natal para reconquistar seu antigo amor e cometer um último crime. 

Sabem aquele filme Ou Tudo Ou Nada, onde aqueles caras desempregados resolvem fazer streaper para conseguir uma grana? Então, Era Uma Vez Uma Família tem o mesmo clima (talvez, um pouquinho mais dramático) que o visto no filme. Não só pela presença do chato do Robert Carlyle, mas por ser aquele filminho britânico que conquista sem precisar de muito. 

O mais legal é o elenco, todo aqueles sotaques e vozes com timbres irritantes. Destaque para a linda da Shirley Handerson (A Murta Que Geme de Harry Potter). Esses atores britânicos são demais. Dispensam qualquer comentário.

Enfim, se você, caro leitor, é adorador do cinema vindo da terra da rainha, não pode deixar de ver Era Uma Vez Uma Família. Aproveita e assiste aos outros filmes do Meadows também. Não custa nada. 

GOD SAVE THE QUEE… Não, pera, o certo nesse caso é: GOD SAVE SHANE MEADOWS.