domingo, 1 de abril de 2012

Fahrenheit 451 (1966)


Ao assistir o filme Fahrenheit 451, de 1966, é quase impossível não se lembrar de uma época histórica mundial, onde, no chamado "Grande Queima de Livros", os nazistas destruíam todos os livros que considerassem ter um conteúdo impróprio. No caso desse filme não é só os livros que são proibidos, mas sim, a leitura em geral.

Dirigido pelo francês François Truffaut e adaptado de um livro homônimo de Ray Bradbury, o filme mostra um futuro onde um regime proíbe qualquer tipo de leitura, e todo material literário encontrado é queimado. O filme apresenta algumas coisas totalmente ao contrário do que realmente seriam. O principal exemplo e que os bombeiros, que normalmente apagam fogo, no universo do filme são responsáveis pela queima dos livros e pela prisão de quem infringir a lei contra leitura.

Na história, Montag - interpretado por Oskar Werner - é um desses bombeiros. Ele faz tudo como é ordenado, mas depois de um tempo começa a sentir uma necessidade de saber o que os livros trazem, e ao ler alguns, passa a questionar o tal regime imposto. Além de Oskar Werner, o longa também conta com a presença da atriz Julie Christie, que interpreta duas personagens, a mulher de Montag e uma rebelde que ele acaba conhecendo.

Ao ajudar Linda (a rebelde), o bombeiro acaba descobrindo que existe uma comunidade formada por pessoas que conseguiram se isolar do resto da sociedade e não seguem as regras impostas pelo regime. Essas pessoas são conhecidas como "Pessoas-Livro", já que cada um é o livro que decidiu decorar. Ou seja, a leitura pode até ser proibida e os livros podem até ser queimados, mas , essa pessoas encontraram uma maneira de preservar os conhecimentos impressos nos livros.

Isso é o que mais gostei no filme, nos faz pensar que livro iríamos decorar caso vivêssemos sob esse regime. 

Algo bem impactante em Fahrenheit 451, para quem é apaixonado pela leitura, é ver exemplares de livros importantes sendo queimados. O primeiro a aparecer no filme é Don Quixote, que como todos devem saber é um dos livros mais lidos em todo o mundo. Outros títulos também aparecem de relance, e uma coisa legal é você tentar identificá-los.

Está ai um filme que me impressionou bastante, François Truffaut conseguiu misturar ficção científica e Nouvelle Vague de uma forma excelente. Outra coisa, imagine só você viver em uma época onde a leitura é proibida? Melhor, nem precisa imaginar, assista o filme e verá como seria viver dessa maneira.

Curiosidades:

Tem uma cena em que Montag está lendo quadrinhos, mais na folha só contém os desenhos, os balões com a parte escrita não existem.

François Truffaut e o ator Oskar Werner brigaram feio durante as filmagens e não se falaram mais.O nome do filme " Fahrenheit 451 é referência a temperatura em que os livros são queimados.

Outra coisa interessante é que os créditos iniciais do filme não são escritos, é tudo narrado.



Um comentário:

  1. Acredito mesmo que o romance literário seja mais interessante que o filme. Eu o vi hám algum tempo e realmente não consegui me entreter tanto quanto gostaria, principalmente porque havia muitas coisas nele que me soavam anterificiais demais, principalmente a interpretação de Julie Christie, estranhíssima! Não se trata de um filme que eu recomendaria, mas anseio por ler o texto de Bradbury.

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